Angeli

Não sou de usar as mulheres e depois jogar fora. Tranco todas no armário.

Angeli

⁠Quem estará por debaixo desta máscara, deusa da ilusão?
Com suas palavras cativa o coração dos homens
Com teu mistério delicia-se com sua dor
Perdida em um mundo somente seu
Perdida em um mundo de fábulas de amor…

Angeli Pietro

⁠Ela é como um balanço que vai e vem…
As vezes vai e deixa saudades e desespero
As vezes vem e traz consigo mais mistérios, mais segredos.
Vai e vem… vai e vem… vai e não volta mais.

Angeli Pietro

⁠Porque o amor acontece na alma e não nos corpos

Angeli Pietro

⁠A lua está cheia lá fora…
E eu permaneço vazia aqui dentro.

Angeli Pietro

⁠Abraça-me senhora e diga que tudo acabou e que não existe nada do outro lado além do esquecimento. Oh, como anseio o fim da existência espiritual.

Angeli Pietro

⁠Sou como um fantasma preso a terra, nunca conseguirei deixar de vagar pelas sepulturas do passado.

Angeli Pietro

⁠Não importa quantas vezes eu vague pelos sepulcros do meu passado, a dor permanece aqui no meu presente, me lembrando quem sou e o que sou… o ser amaldiçoado para que outros possam sorrir… Angeli Pietro, Vagando eternamente nas masmorras da dor.

Angeli Pietro

As vezes somos como a lua, radiantes mas solitários.

Angeli Pietro

Eu senti seu perfume no ar, por isso vim aqui, a beira deste rio ouvir as batidas do seu coração.

Angeli Pietro

A aranha tece teias, eu teço fantasias.

Angeli Pietro

Se penso em ti é porque me importo com seu jeito, com seu sorriso, com seu coração, me importo com você. Mas porque? Deve ser porque você é a única razão que me faz acreditar que o resto das coisas presentes do mundo não me despertam sentimento, emoção, desejo.

Weliton de Angeli

Quão formosos são os seus passos, flutuam em berços de cachoeiras. Os contornos de tua escultura são como valiosos tesouros escondidos, mantidos ocultos por grandes piratas no fundo do mar.
Os teus ombros são como muralhas, impenetráveis, indestrutíveis, protegem e acolhem a quem tem medo e solidão. O teu abraço é como as ondas domar que afaga, desmancha e arrasta tudo por onde passas.
Os teus olhos como o chegar da noite, e ao se fecharem escondem um universo de lembranças, retratos e sonhos. A tua boca é como um saboroso cálice de vinho para o seu amado, que o toma suavemente, fazendo de seus lábios imensos paredões de nuvens, tão reais e ao mesmo tempo surreais.
Então amado meu, venha, que saiamos juntos entre os campos de algodão, que passamos as noites nas grandes e formosas montanhas, que levantamo-nos pela manhã dentro de cavernas, descobrindo os segredos que as escondem do mundo e o que as tornam temidas. Que vejamos brotar em suas paredes sementes, que vejamos brotar a vida e a esperança.
Vamos juntos sentir o perfume da vida, o gênero da felicidade, vamos colher os bons frutos, ó amado meu, eis que sempre guardarei os melhores frutos para ti.

Weliton de Angeli

Apenas quero voltar, voltar de um lugar que tenho saudade, da saudade que sentia outrora.
Apenas quero esquecer, esquecer de tudo e do mundo, do mundo infiel e profundo que me fazes chorar.
Apenas quero sorrir, sorrir por um sorriso sincero, sincero e puro como de um olhar.
Apenas quero encontrar, encontrar o completo, completo mais que imperfeito.
Apenas sobreviverei as tempestades,por que estou aqui pra sempre ficar.

Weliton de Angeli

Se há uma forma de amar não sei, simplesmente amo da forma que aprendi.

Weliton de Angeli

Se eu seguir um caminho e encontrar o fim, talvez eu mude, mude minha direção, por que pra mim o fim não existe!

Weliton de Angeli

Me ame, me envolva, me faça delirar, use seu charme, use seu olhar, use seu ser e me faça te amar, me faça encontrar o sentido, a sensação, o prazer de viver e estar contigo!

Weliton de Angeli

Minha alma já anti morta, agora consegue alcançar o mais alto do céu.
Pusestes em meus pés a confiança de onde caminhar. E em meu peito a veracidade do que posso acreditar.
Quando ele fala, parece que os sons comumente gritantes se emudecem no horizonte circular. Só ele posso escutar.
Ao lado dele ouço uma alma inocente, em seu rosto poderia se ver uma calmaria, assim como o balançar do mar. Como o primeiro sono de um ser inocente.
Se via apenas a ausência da malemolência, descobria-se na ansiedade os encantos de suas afeições, no anseio amoroso de querer estar perto.
Aos prantos, na lacrimosa saudade, esperando poder abrir novamente as asas. Almejando eternamente a sua presença.

Weliton de Angeli

As preposições de um acontecimento nos remete à uma indagação profunda e pessoal.
As coisas acontecem sem ao menos termos o controle da forma com que acontecem.
Seria algo incompreensível talvez, ou não teria sentido algum com certeza.
Por mais que tentamos manipular a nossa vida, ela própria nos conduz a becos escuros e admiráveis arco íris.
Temos que ter o domínio da exatidão das coisas, conhecer profundamente cada detalhe de um ícone.
Precisamos nos conhecer mais do que qualquer um antes de questionar o que nos tornamos por responsabilidade do nosso próprio destino.
Compreender o que se passa em si é transparecer um caminho de grandes descobertas e surpresas, que nos remete a lembranças que jamais queremos esquecer.

Weliton de Angeli

Me perco em tão poucas palavras, mas não existem tão verdadeiras e puras. Preciso me preocupar em não ter pressa? Ou devo explorar o tempo e pedir que os momentos sejam hoje aqueles tão esperados?
É difícil deixar de ser tão teimoso e entender que nem sempre se pode ter o controle de tudo, ou do seu próprio caminho. Mas é quando desejamos muito algo, acabamos por esperar. Esperamos o tempo que for, até ficarmos gagá.
Você não ganha nada ao temer um futuro, você apenas nunca o terá se o temer. É suficiente pensar positivamente para que a motivação volte a ser o que era. É só observar as estrelas antes de repousar e sentir a brisa entrando pela janela.
Nem sempre escolhemos o que queremos, há momentos que acontecem por acaso e acasos. É difícil compreender como em tão pouco tempo se pode existir e sentir um sentimento tão claro e sereno.
A beleza encontramos nas coisas mais simples, um olhar, um sorriso, uma palavra ou um gesto, algo que sempre nos remeterá a algo e que nada jamais nos fará esquecer.
Tais palavras se devem pelo fato de apenas ser e poder expressar o tão quanto gostaria de poder sentir essa emoção, talvez eternamente. O mais importante é que quero viver. Que seja com você.

Weliton de Angeli

⁠O GAROTO QUE IA MUDAR O MUNDO
” Sua geração vai mudar o mundo.”
Infelizmente, acho que meu pai não tinha razão, herdamos um mundo doente e não encontramos a cura.
Os remédios vão adiando nossa sentença final, a loucura.
Em cima do muro, estamos pensando em sobreviver sem nenhum arranhão: doce ilusão.
Nossa indignação não é capaz de abrir nosso portão.
Pitágoras e seus discípulos matemáticos saberiam a resolução?
Blindados de aço e concreto, ocos por dentro, como uma árvore prestes a tombar.
E parecia ser simples, de todas as formas, amar.
Como dizia Newton, “Toda ação gera uma reação” de igual intensidade, atuando em sentidos opostos.
Mas os opostos não se atraem?
Não, eles se repelem, se separam, são água e óleo.

Ivan de Angeli

⁠M A E S T R O
Sigo em frente com o caminho encoberto por uma neblina densa.
Mais de vinte primaveras, muitas delas pedindo clemência.
Dando murro em ponta de faca, sempre rogando a Deus que me dê paciência.
Levanto cedo e vou a luta propagando equidade, ética e a ciência.
Me perdoem os peçonhentos, parasitas e fanáticos de plantão.
Mas hoje acordei “cheio” de razão.
Não se dirija a mim com uma retórica pífia, isso só demonstra sua pouca evolução.
Pare, pense, reflita, não se transforme em um “carrasco”, prestes a consumar uma execução.

Ivan de Angeli

⁠C I N Z A
Céu cinzento que traz chuva que lava a alma.
Vereda para a felicidade que acalma.
A lua, astro brilhante acinzentado.
Que pelo sol é generosamente iluminado.
O aço que sustenta o concreto.
O primeiro passo do trajeto.
O grafite que liberta os pensamentos.
A luz que traz sabedoria e espanta todos os tormentos.
O chumbo que fere e pode matar.
Não precisa ser usado, chega de se maltratar.
Não relacione o cinza com esquecimento, tristeza ou depressão, por favor: não.
Relacione o cinza aqui em questão como uma cor que transmita maturidade, elegância, sutileza, autocontrole e sofisticação.

Ivan de Angeli

⁠A R P O A D O R
As lágrimas secam sozinhas.
Aos pés do Cristo posso ver dois mundos desiguais.
Tão próximos, porém diferentes.
O sono da razão produz monstros.
A justiça antes cega, agora vê.
Eugenia, divide et impera.
Só eu, ninguém mais consegue ver?
Profusão de ideologias sem razão.
Será que estamos todos na contramão?
Se até as pedras agora pudesse voltar, suplicaria para o mar levar todo o mal que aqui ficou encontrou terra fértil e germinou.

Ivan de Angeli

⁠H Á T E M P O S
Tenho saudade daquele tempo em que tudo era possível.
Daquele tempo, sabe? De quando você é criança e sua única preocupação é a semana de prova.
Daquele tempo em que você pode ser um astronauta.
Bola, bicicleta, pipa, toda ingenuidade que nos acompanha.
Depois tudo muda: a paixão pela menina mais linda (para você) que nem te olha.
A sensação de ser um super homem (herói) e que nada de mal pode te acontecer.
Como continuamos ingênuos mesmo com outra capa.
O pior é desejar que esse tempo voe.
O final da história já sabemos?
Tudo depende de você.

Ivan de Angeli

⁠V A N G U A R D A
Verdade construída sem alicerce, sobre solo arenoso, não se sustenta.
Quando a cabeça não está boa, o corpo não aguenta.
Aprendi com a dor, que quando não mata fortalece.
Assim descobri ser mais forte do que pensava.
Abri a janela e deixei o vento entrar, o sol iluminar.
Em minhas mãos rosas da cor do líquido que circula no interior do meu corpo.
Anunciar a boa nova é fazer brotar o amor.
A solução existe, está dentro de nós.
Meu coração é esperança.
Você é agente da revolução.

Ivan de Angeli

⁠L A R A
Um sorriso teu e a vida faz sentido.
Através de seu olhar enxergo o mundo.
Juntos voamos, sorrimos e choramos.
As águas de março trouxeram meu maior presente.
Adorável borboleta que sobrevoa o arco íris.
Raio de sol que ilumina meu caminho.
Peixe no interior do Aquário.
Só copas no meu baralho.
Anime e pipoca, arranhão de felino.
Novos sabores, sigo meu destino.
Um mundo sem Beatles seria infinitamente pior.
Obrigado por me tornar um ser humano melhor.

Ivan de Angeli

⁠U M T E M P O P A R A N Ã O E S Q U E C E R
Não se teme quem passa fome e sim quem pensa.
Cuidado com falsos profetas que manipulam sua crença.
Zumbis idolatram seus mitos, não caio nessa, “Penso, logo existo.”
“Amai-vos uns aos outros”, este é o ensinamento de Cristo.
Não precisa ser gênio para pensar, precisa mais do que a visão para enxergar.
O caos, combustível do capital, a hipocrisia que enoja, juízo final.
Andando na corda bamba sobre o abismo, protegido pela água do batismo, a natureza alerta, perigo!
A cerveja gelada meu carnaval, meu samba de uma nota.
Enlatado, encurralado, esperança quase morta.
Marcas e cicatrizes, algemas invisíveis, nos olhares um pedido de socorro.
O poeta já dizia, “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro.”
Um precisa do outro, cada qual com sua história, seu talento.
Só com muita dedicação e educação de verdade, teremos um alento.
Entenda seu lugar no mundo, as regras do jogo.
Recomeçar sempre, um dia de cada vez, sua força vem do conhecimento que possui.

Ivan de Angeli

⁠D O C E V E N E N O
Infiéis amores eternos invadem a tela, pintura usando aquarela.
Passeio dominical de barco à vela, modelo linda na passarela.
O sorriso na foto esconde a dor, ninguém se importa com o “eu interior”.
Produto exposto na prateleira perto do vencimento, pouco se importa com sentimento.
A quantidade de curtidas, o ego satisfaz; Narciso de tempos atuais.
Permuta-se quinze minutos de fama por sessenta de cama.
Inteligência não dá audiência, jogo de cartas, exercício de paciência.
Segue o jogo, segue o fluxo, acende o fogo, ostenta-se o luxo.
Aparências enlatadas, excesso de sódio as mantêm conservadas.
Belo rótulo, não se lê o que está escrito, a caveira adverte, sinal de perigo.
A respiração falta, a matéria veneno da alma, cuidado com a mente e o coração, aprecie com moderação.

Ivan de Angeli

⁠A L V O R E C E R
Em um amanhecer qualquer de mais um dia comum.
Na rota previamente traçada, meus pensamentos buscam o infinito.
Tal como lápis branco, aviões riscam o céu azul de brigadeiro.
No asfalto com linhas amarelas áureas, navego pelo mar verde de açúcar.
A velocidade faz com que o tempo ande depressa demais.
O grito de socorro da natureza chega a atravessar o para-brisa.
Animais cruzam meu caminho sem saber para onde fugir.
Lágrimas escorrem pelo rosto. Estas não são capazes de encher o rio.
O caminho com o formato de serpente é perigoso como tal.
A energia que vem do sol, meus olhos não podem ver.
Solução para um futuro incerto? Um dia a mais ou a menos?
Mistérios de nossa existência, lutemos por nossa sobrevivência.

Ivan de Angeli

⁠O QUE VOCÊ PRECISA SABER DE MIM?
Meu vício é solitude, não solidão.
Ergui o muro, tranquei o portão.
O mundo ficou lá fora, mais do mesmo, eu não.
Remando contra a corrente, andando na contramão.
O que você precisa saber de mim?
No espelho o agora, no retrovisor o que teve fim.
As fotos nem sempre revelam a verdade.
Um tempo para não esquecer, surreal realidade.
Marionete, máscaras encobriam meu rosto.
A ampulheta não para, não sou mais moço.
Qual é sua senha? Qual é o seu signo?
Em cada desenho, tudo o que sinto.
Em cada olhar, em cada sorriso.
Te dou meu endereço, vem ficar comigo.

Ivan de Angeli

⁠S I M P L E S A S S I M
O melhor abrigo é o colo de mãe.
A melhor escolha é a que te faz feliz.
A pureza vem do sorriso de uma criança.
Na chuva de verão ela linda dança.
A simplicidade tem mais sabor.
Eu e você, juntos seja onde for.
Menos acordes, mais verdade.
Mais empatia, menos vaidade.
Competição ou cooperação?
A fortaleza é construída na união.
Existe mérito em uma corrida desigual?
Poucos cruzam ilesos a linha final.

Ivan de Angeli

⁠T E E S P E R A N D O
Eu sei, tudo pode mudar.
Só não sei como tudo vai terminar.
Estou aqui de braços abertos, é só me ligar.
Coração na mão para te entregar.
Vai diz que volta, diz que vai chegar.
A pé ou de trem, só fala que vem, volta.
Decorei tudo a ser feito.
Tinha um plano para ser o escolhido, o eleito.
Só restou sua foto estampada no panfleto.
Que saudade do teu corpo sobre meu peito.
Vai diz que volta, diz que vai chegar.
A pé ou de trem, só fala que vem, volta.

Ivan de Angeli

⁠C A M I N H A D A
Temos duas datas garantidas. O que fazer entre elas?
Qual o melhor caminho? Qual a melhor escolha?
Alguns acreditam em destino; outros na ação e reação.
Alguns acreditam na criação de Deus; outros na evolução.
Durante a jornada sonhos, sangue e suor.
Quedas, recomeço, vitórias e derrotas (aprendendo a jogar).
Envelheço a cada janeiro.
Eu e meu vocabulário limitado seguimos em frente.
Só por hoje, um dia de cada vez.
Vejo o mundo diferente após a terceira dose.
Meus olhos vertem água feito dia de chuva calma.
Muitos planos, mas na realidade me falta o real.
Em que momento sonhos se transformam em insônia?
Seria bem mais fácil aceitar que somos simplesmente humanos.
Seres que são tomados pelos piores e melhores sentimentos.

Ivan de Angeli

⁠S A L T I M B A N C O
Ainda na fila, vem-me a reflexão.
Pagar o ingresso para ter diversão?
Entre empurrões e palavrões procuro um bom lugar.
Respeitável público, o espetáculo já vai começar!
As cortinas se abrem, música alta, luzes estroboscópicas que me cegam por um instante.
De repente, sou puxado pelo braço, escolhido ao acaso, começo a fazer parte do show.
Trapezista que se lança sem rede de segurança.
Equilibrista sobre uma linha tênue entre o fracasso e o sucesso.
Malabarista de boletos, mágico fazendo aparecer o pão de cada dia.
Habitante do globo da morte e, literalmente, fazendo o papel do palhaço.

Ivan de Angeli

⁠MONTANHA – RUSSA
Meus vícios, meus lixos, bichos prontos para atacar.
Não por medo ou instinto, prazer em devorar.
Areia movediça, não paro de afundar.
Sujeira debaixo do tapete começa a transbordar.
Tsunami de erros prestes a devastar.
Entre os carros parados na avenida estou a transitar.
Os ponteiros passam e nada de você voltar.
No branco do espelho seus olhos vem me flertar.
Não tenho mais dezoito, não tenho mais um lar.
Se erros precedem o acerto, espero ele chegar.

Ivan de Angeli

⁠SOUL
Vou seguir ao teu lado até onde conseguir.
Aproveitar cada segundo e quando possível sorrir.
Já que o tempo é breve, que seja leve.
Tentar manter a calma, conectar-se com a alma.
Só te peço o que você pode dar.
Só te peço que mesmo sendo segundo, seja intenso.
Sua voz é música, seu toque é cura.
Seu olhar é luz, sua companhia é vida.

Ivan de Angeli

⁠C V V
Quando você chora e ninguém vê.
Quando todo peso do mundo está em suas costas.
Quando o aperto no peito chega a sufocar.
Quando mesmo não querendo, você se põe a chorar.
Quando tudo parece ter dado errado.
Quando o medo reina e te faz escravo.
Quando você se sente invisível e perdendo o controle da sanidade.
Quando nada faz sentido e nenhum remédio traz felicidade.
Quando a dor do flagelo é menor que a da alma.
Pintura rupestre, tatuagem no “eu interior” e no quarto escuro uma proteção que te acalma.
Não se entregue! Lute, resista, peça ajuda, para que seu equilíbrio volte a reinar.
Felizmente, aqui na Terra, encontramos anjos disfarçados. Eles podem te auxiliar.

Ivan de Angeli

⁠P A R
Adolescência e Legião.
Fogueira e violão.
Café e pão.
Arroz e feijão.
Integral e derivada.
O zap e a última rodada.
O lar e a mulher amada.
O primeiro passo e a jornada.
Jangada e travessia.
Noite e dia.
Ritmo e melodia.
Rima e poesia.
Michael e o pop.
Nirvana e o rock.
O grafite e o hip hop.
Praia e sol.
Pelé e futebol.
Campo e girassol.
Você e eu.

Ivan de Angeli

⁠E V E R E S T
Sou do tamanho dos meus sonhos.
Sou Golias.
Sou moinho de vento de Dom Quixote.
Sou mar.
Sou infinito.
Sou o Cristo Redentor.
Sou baleia azul.
Sou sequoia.
Sou desigualdade.
Sou fome.
Sou tsunami.
Sou tornado.
Sou meu amor por você.

Ivan de Angeli

⁠E X I S T Ê N C I A
Sem a música a vida seria chata, em preto e branco, um erro.
Seria como viver sem um bom SAMBA que nasce da tristeza para transmitir alegria. Seria como viver sem a BOSSA que é recebida no Japão feito uma oração.
Seria como viver sem o grito de liberdade e a adrenalina do ROCK.
Seria como viver sem a variedade melódica e o swing do JAZZ.
Seria como viver sem o sentir a alma da música CLÁSSICA.
Seria como viver sem a MPB que nos retrata.
Seria como viver sem o nó da garganta do BLUES.
Seria como viver sem o grito dos excluídos do RAP.
Aprendo não só com livros, mas também com discos.
A música é minha companheira permanente, sem ela não vivo apenas sobrevivo.
O repertório vem com o tempo.

Ivan de Angeli

⁠C O N F I N A M E N T O
Os dias se repetem, feitiço do tempo.
A face refletida no espelho, como um filme em pausa.
Entre a inocência da infância e a sabedoria da velhice, procuro respostas.
Pelo olhar do observador, na audição de outras gramáticas, meu exercício solitário.
Várias trilhas sobre um mesmo tema, sem a opinião prévia do que me contraria.
Metamorfose de atitudes, a certeza da dúvida.
Duvidar sobre tudo que me disseram, excluir o absurdo, baú de contradições e imperfeições.
Convenções e convicções ficaram no passado.
O alvorecer de um tempo que ainda não começou.

Ivan de Angeli

⁠F Á B U L A
O pássaro traído pelo reflexo se choca com a vidraça.
Após o impacto, a velocidade terrível da queda.
O chão o acolhe de maneira quase maternal.
Não se pode voar com as asas quebradas. E como ficar longe dos seus, observando o infinito do chão.
Entregue a própria sorte, estático, pressa fácil para seus predadores.
Talvez em seu último ato, onde o desespero seja mais evidente que a coragem enfrenta o inimigo vil que se apresenta de forma sorrateira, mesmo sabendo que a derrota é certa.
Lutar é a única saída.

Ivan de Angeli

⁠VIVO
Cicatrizes, batalhas, histórias contadas.
Poucos triunfos, perdas contabilizadas.
Próximo nível do jogo, não emocionei a razão.
Arritmia, luz, câmera, ação.
A solidão do tamanho do mundo.
Alpinista de um poço bem fundo.
Perdi a guerra, não estou no poder.
Ainda me resta a última bala, é bom você saber.
Minhas impressões digitais estão em tudo que faço.
O sentimento, edificado em cimento e aço.
Trovador solitário, semeador de estrelas.
Esse sou eu, meus ideais, minhas bandeiras.

Ivan de Angeli

⁠TESOURO DOS REMÉDIOS DA ALMA
Meu grito é meu escrito.
Triste, solitário, caótico, meio esquisito.
Meu escrito diz respeito a mim.
Lugar de fala, histórias que chegaram ao fim.
Não se recomeça o que acabou.
Apenas se colhe o que plantou.
Cabeça no infinito, pés no chão.
Raiz da árvore, bola de sabão.
A arte é cura, libertação.
Tradução da alma e coração.
Meu tesouro não é matéria.
Não foi conquistado gerando miséria.

Ivan de Angeli

⁠A L T A N O I T E
Alta noite já se ia, eu aqui tão só.
Sobre a mesa uma taça de vinho me faz companhia e o cobertor não aquece mais.
Alta noite já se ia e toda melancolia.
Recordações coloridas de fotos em preto e branco.
O som do silêncio e as digitais impressas em cada canto.
Ah! como eu queria que você estivesse aqui agora.
Ah! como eu queria que você estivesse comigo.
Decorei cada gesto, compartilhei seus sonhos.
Fiquei ao teu lado para esperar o sol chegar.
O que tinha a oferecer era o amor.
Só sei dançar com você.

Ivan de Angeli

⁠V Í R U S
Regurgitou a desigualdade.
Escarrou a hipocrisia.
Excretou a maldade.
Reverenciou o medo.
Desnudou a falsidade.
Compartilhou a mesquinhez.
Iluminou a ignorância.
Tirou o ar da razão.
Tornou o ambiente lúgubre.
Evidenciou a falta de planejamento e o descaso a ciência, saúde e educação.
Ensinou que devemos nos posicionar, banir a corrupção.
Partimos rumo ao nada?
O grande mistério da vida se apresenta.
“O pulso ainda pulsa.”
Deus nos proteja!

Ivan de Angeli

⁠E R A U M A V E Z …
Era uma vez sem amor.
A indiferença reina, face do horror.
Em meio ao caos, fotos ao lado de flor.
Sobrevoam urubus, nenhum condor.
Era uma vez sem amor.
Sem abraço, sem beijo, filme de terror.
Não se tem norte, planejamento, ética, só resta o pavor?
Falta até o remédio que combate a dor.
Era uma vez sem amor.
Me diga por onde andas, vou segui-lo por onde for.

Ivan de Angeli

⁠SÓ POR HOJE
Embriaguei-me de razão, empanturrei-me de paz.
Só com a certeza de receber um tanto faz.
Parti para o embate com a força que desconhecia me acompanhar.
Com os olhos vestidos d’água e o nó na garganta prestes a sufocar.
Mudam-se as regras durante o jogo, um tabuleiro com cenário surreal.
Sistema sem lei, é só “la prata” que comanda nossa vida atual.
As fronteiras desapareceram, a terra é meu quintal.
É por tudo que amo que vou até o final.
A luta é árdua, as vezes desanima.
Meu coração dita o ritmo pelo futuro da minha menina.
Está tudo tão claro, mas consigo entender quem se esconde.
Meus pés mantém a marcha, preciso de companheiros no front.
As canções me inspiram, as orações me fortalecem.
O mantra que veio da esquina, sonhos não envelhecem.
As forças se equilibram, cada um tem sua missão.
Não se esqueça que a rosa tem no espinho sua proteção.

Ivan de Angeli

⁠L I B E R T A S
Hoje vivo acompanhado de meus pensamentos.
Estes sobrevoam quintais sem algemas, açoites, angústias e tormentos.
Quase meio século em busca de conhecimentos.
E o que sei? Quase nada.
Calouro do curso em que nós formamos na linha de chegada.
Me equilibro entre escolhas e consequências.
Nada é um acaso e sim uma necessária experiência.
No entanto, não há liberdade onde não existe lei.
Que se faça valer nossa carta magna, 5° artigo, inciso IX, que é direito nosso até onde sei.
Em meus sonhos te cultivo, e lutarei sempre para que todos desfrutem dessa opção.
Não só na impressão, mas verdadeiramente na ação.
Que o poema mostre que sim, se pode!
Que só não há remédio para a morte.
“Responsável pelo que sou, minha sentença é ser livre”.

Ivan de Angeli

⁠O N – L I N E
Avassaladora, apareceu de repente.
Confesso não sabia o que fazer.
Mergulhei em um universo desconhecido.
Gladiador sem rede, espada, escudo, exposto ao perigo.
Frente a parede, minha real companhia.
Monólogo diário, exército de um homem só.
Letras e figurinhas povoam a tela.
Não falta dedicação, falta educação.
Câmeras “off”, microfones silenciosos.
Perguntas sem resposta.
Falta total de conexão.
Quanto descaso com a nobre profissão.
EAD de dar dó.
Minguados elogios, abundância de críticas.
Humilhados até por quem tinha que nos representar.
Temos o que comemorar?

Ivan de Angeli

⁠L I N H A D E F R E N T E
De repente, nasce a tristeza.
Bocas que caladas seriam poéticas, fazem brotar dizeres imbecis.
De repente, nasce o pranto.
Recluso, longe dos meus, regido apenas pela fé.
De repente, nasce a ira.
Doutores em falta de conhecimento propagam sua insanidade.
De repente, não mais que de repente, o momento da escolha.
Qual será o veredito?
De repente, nasce a dor.
Na trincheira, rodeado pelo fogo inimigo vindo de todas as direções.
De repente chego ao limite.
Boxeador preso entre as cordas, a segundos do nocaute.

Ivan de Angeli

⁠V O G A L
A frágil busca do eterno.
O nascimento, começo do fim.
A lenta decomposição do corpo físico.
E quando te custa a paz, é caro demais.
O silêncio de uma tarde de domingo.
A leveza dos acordes de jazz.
A saudade, soma de momentos felizes.
E os dias passam lentos.
Eu vendo minha força de trabalho.
Apenas uma carta do baralho.
Eu camuflado a troco dos proventos.
Apnéia de sentimentos.

Ivan de Angeli

⁠R E L I C Á R I O
Ontem eu arrumei o armário.
Ontem eu revirei todo o relicário.
Recordações do nosso amor.
Você estava tão linda.
Ontem foi dia de saudade.
Ontem eu reencontrei a felicidade.
Recordações do nosso amor.
Você presente em todas as minhas canções.
Ontem eu resolvi voltar.
Ontem eu tive certeza de qual o meu lugar.
Recordações que me levam até você.
Você presente em todas as canções.
Eu decidi que vou voltar pro meu lugar.

Ivan de Angeli

⁠N Á U F R A G O
Sem você tudo é deserto.
Tudo escuro, tudo incerto.
Qual o sentido? O antídoto.
Como curar essa dor?
Meu corpo cobra atitude.
Minha consciência pede ação.
Náufrago fazendo sinal de fumaça.
Solidão é mar e o tempo infinito.

Ivan de Angeli

⁠Marlon estava apaixonado, essa era a verdade. Admitira enfim o sentimento que não fora passageiro, a atração que Dan o causava. Ele estava perdidamente apaixonado pelo colega de confinamento, e por isso o coração batia tão rápido quando estavam junto, e cada pequena ligação nervosa respondia de forma unanime.

Angeli Pietro O Exorcismo de Marlon Gayler

⁠Não podia se enganar, Dan não era aquela lagoa tranquila que estava à sua frente, e sim um mar revolto, pronto a passar por cima de quem quer que entrasse em seu caminho.

Angeli Pietro O Exorcismo de Marlon Gayler

⁠Os quadros fixos às paredes assemelhavam-se a sentinelas, as estátuas dispostas pelos corredores, semelhantes a vigias. Por várias vezes teve a impressão de vê-las mudarem de posição após sua passagem. Vigiando… Vigiando… Sempre vigiando. [..] Paranoia? Impressão? O monastério dos freis era assim, estava a consumi-lo.

Angeli Pietro O Exorcismo de Marlon Gayler

Não estamos no campo das artes decorativas. Nós estamos no campo da comunicação. Nós estamos comunicando e enviando mensagens para um público alvo.

Primo Angeli escritório de design vencedor de mais de 400 prêmio

Não sou de usar as mulheres e depois jogar fora. Tranco todas no armário.

Angeli